História 8º ano



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Respostas

a) Resposta pessoal. Comente com os alunos que o telégrafo é um equipamento de transmissão de mensagens e recados, inventado por Samuel Finley Breese Morse, em 1835. A comunicação ocorre por meio de códigos cifrados (o chamado Código Morse) que podem ser transmitidos por pulsos elétricos por meio de cabos, ondas mecânicas, sinais visuais e ondas eletromagnéticas a longas distâncias. No Brasil, a primeira linha de telégrafo foi inaugurada em 1857. Ele foi o principal meio de comunicação no século XIX e início do século XX.

b) As cores que predominam no anúncio são o verde e o amarelo, como na bandeira do Brasil.

c) Rapidez e segurança.

d) As fontes históricas apresentadas nos permitem perceber alguns dos produtos que estavam
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sendo divulgados para a população no início do século XX. A essas tecnologias estavam associadas maior agilidade e segurança, proporcionando a otimização de tempo ao consumidor. É possível que os alunos cheguem a essa conclusão por meio da análise dos elementos presentes nessas fontes, como o título, as atribuições vinculadas aos produtos, bem como o uso das ilustrações.



e) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem algumas tecnologias como: computadores e celulares, além do acesso à internet proporcionado por esses produtos.

Páginas 22 e 23

• A imagem apresentada na página 22, intitulada Proclamação da Independência, foi pintada pelo artista, professor e fotógrafo francês François-René Moreaux, que, por alguns anos, morou no Rio de Janeiro. Essa pintura foi realizada em 1844, ou seja, 22 anos depois do acontecimento que representa. Ela está exposta, atualmente, no Museu Imperial de Petrópolis, Rio de Janeiro. Observe a seguir algumas indicações.



Figura 44

D. Pedro, fardado, está no centro da imagem. Montado em um cavalo, tem na mão esquerda um documento, que provavelmente representa a carta vinda das Cortes de Lisboa, que exigiam seu retorno a Portugal.

A cena pintada por François-René Moreaux se assemelha a uma festa popular, em que homens, mulheres e crianças festejam a proclamação da Independência do Brasil.

François-René Moreaux. 1844. Óleo sobre tela. Museu Imperial, Petrópolis (RJ)

• Na página 23, a imagem apresentada, Independência ou morte, foi pintada pelo artista brasileiro Pedro Américo, formado em Belas Artes, no Rio de Janeiro. Depois de graduado, ele recebeu do imperador D. Pedro I uma bolsa para estudar na Escola de Belas Artes de Paris, na França, onde aperfeiçoou seu estilo. A obra Independência ou morte foi encomendada pelo imperador em 1886, mais de 40 anos após o evento a que faz referência, e pintada em 1888, na cidade de Florença, Itália. A tela está exposta, atualmente, no Museu Paulista da USP, em São Paulo, e mede 4,15 m de altura por 7,6 m de largura. Veja algumas indicações.

Figura 45

D. Pedro está rodeado por soldados com vestimenta de gala e acenando a vitória com seus chapéus, próximos ao riacho do Ipiranga.

Do lado oposto aos cavaleiros do Império, é possível identificar um carro de boi guiado por um homem do campo. No quadro, esta é a única referência à participação popular no evento.

A obra de Pedro Américo exalta o acontecimento da proclamação da Independência por meio da representação que faz do evento. Para ilustrar a ocasião, retrata D. Pedro empunhando uma espada.

Em primeiro plano, formando um semicírculo, estão os cavaleiros do Império.

História em construção página 23

• Comente com os alunos que as diversas opiniões e interpretações que podem existir sobre um mesmo acontecimento ou processo histórico contribuem para a constru-

Pedro Américo de Figueiredo e Mello. 1888. Óleo sobre tela. 415 x 760 cm. Museu Paulista da USP, São Paulo (SP)
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Sugestão de atividade Análise de filme

ção do conhecimento histórico como um todo. Muitas dessas interpretações podem ser comparadas e até mesmo entendidas de forma conjunta em uma explicação histórica. Leia o texto a seguir, que aborda esse assunto.

Diz-se vagamente que cada geração deve escrever a história de novo, pois ela a vê diferentemente de suas predecessoras. Parece ser mais pertinente dizer, contudo, que nossa visão da realidade (passada) é produto do que queremos e podemos ver, do que métodos e disposições intelectuais nos permitem ver e, afinal, do que os historiadores fazem com tudo isso e conseguem estipular como “verdade”. [...]

Se os historiados estão de acordo quanto aos fatos – dados, eventos, ‘o que aconteceu’ – mas discordam quanto ao enquadramento gerado pela interpretação ou pela explicação, deve-se simplesmente aceitar que suas narrativas não passam de um jogo de “perspectivas”, em tese igualmente válidas (ou igualmente ficcionais)? Ou será que podemos elaborar alguns recursos para examinar não apenas a pertinência de peças isoladas da montagem historiográfica, mas igualmente da narrativa mesma, em seu conjunto? Esses recursos são possíveis e devem ser buscados, elaborados e convencionados.

REZENDE MARTINS, Estevão C. Historiografia: o sentido da escrita e a escrita do sentido. História & Perspectivas. Uberlândia. n. 40. jan./jun. 2009. p. 56; 75. Extraído do site: . Acesso em: 9 abr. 2015.

Resposta

• De acordo com o texto, alguns estudiosos compreendem a independência como um ato político, se for levada em consideração a proclamação de D. Pedro I em 7 de setembro. No entanto, outros historiadores consideram que a independência se deu na abertura dos portos às nações amigas, em 1808. A existência de mais de uma opinião sobre essa data é decorrente das diversas formas de se interpretar a independência, seja no âmbito político ou econômico, respectivamente.



Objetivos

• Perceber as diversas etapas, dificuldades e especificidades do trabalho de um historiador.

• Conhecer de forma crítica, por meio da trama cinematográfica, como se estabelece a análise de documentação e fontes históricas.

Para conhecer um pouco mais sobre as diferentes interpretações históricas, assista com os alunos, se julgar conveniente, ao filme Narradores de Javé.

Dirigido por Eliane Caffé, Narradores de Javé conta a história de Javé, um povoado localizado no Sertão nordestino que está em vias de ser inundado pela represa de uma usina hidrelétrica. Para tentar evitar a inundação da vila, os moradores decidem escrever sua história e, assim, mostrar que o lugar onde habitam é um patrimônio histórico que precisa ser preservado. Porém, a maioria da população do povoado é analfabeta, o que dificulta a construção dessa “história científica”, como diz um dos personagens do filme.

Eles recorrem, então, a Antônio Biá, um antigo funcionário do correio que vivia na região e que poderia escrever a história da comunidade. Biá, o “historiador”, sai então em busca de documentos sobre a história do povoado.

Ao iniciar sua pesquisa, ele se depara com as primeiras dificuldades: não existem
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muitos documentos escritos sobre Javé. Dessa forma, tem que entrevistar os moradores do local a fim de descobrir as origens do povoado. No entanto, cada entrevistado conta a história à sua maneira, apresenta sua própria versão dos fatos, cabendo ao historiador analisá-las e decidir-se por aquela que acredita ser a mais coerente.



Narradores de Javé apresenta, de maneira bastante pertinente e cômica, as especificidades do trabalho do historiador, as dificuldades que enfrenta ao analisar suas fontes ou ao coletar informações, bem como as diferenças existentes entre o fato acontecido e o fato escrito. Além disso, aborda questões relativas à manutenção de patrimônios históricos e culturais em face do avanço da sociedade industrial e tecnológica.

Página 25

• O trabalho é uma atividade criadora através da qual o ser humano modifica a natureza e, ao mesmo tempo, se autotransforma. O desenvolvimento humano, nesse sentido, está associado ao trabalho, que é um conceito fundamental para a construção do conhecimento histórico. É por meio da análise desse conceito que podemos perceber a relação do ser humano com seu ambiente e sua ação transformadora sobre a natureza.



Ficha Técnica

Título — Narradores de Javé

Diretor — Eliane Caffé

Atores principais — José Dumont, Matheus Nachtergaele, Nelson Dantas e Nelson Xavier

Ano — 2003

Duração — 100 minutos

Origem — Brasil

Figura 46

Filme de Eliane Caffé. Narradores de Javé. Brasil. 2003



Explorando a imagem página 25

a) As pessoas estão trabalhando como veterinário, repórter, agricultor e cabeleireiro.

b) As atividades se relacionam à produção de bens, utilização de recursos naturais, movimentação de recursos, transmissão de informações, realização de serviços etc.

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• Caso julgue conveniente e queira complementar o estudo da página a respeito do conceito de capitalismo, apresente aos alunos as informações do texto a seguir.

Podemos definir Capitalismo como um sistema econômico surgido no Ocidente, na Idade Moderna, que se expandiu pelo mundo contemporâneo nos séculos seguintes. Assim, pensar o Capitalismo é uma forma de compreender o presente. Hoje, é esse o sistema econômico que impera em uma escala praticamente global, rompendo fronteiras e culturas. Mas para entendermos sua hegemonia no mundo contemporâneo, precisamos refletir sobre suas origens.
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Historicamente, o Capitalismo assumiu diversas fases. Surgiu como Capitalismo comercial, fase chamada de mercantilista, entre os séculos XVI e XVIII, e sobre o qual alguns autores discordam se constituiu de fato uma etapa propriamente capitalista ou se deve ser interpretada apenas como um período de transição entre estruturas feudais e estruturas capitalistas; a segunda fase do Capitalismo é o momento em que ele atingiu com vigor a produção industrial. Era o Capitalismo industrial de livre concorrência, característico dos primeiros avanços da Revolução Industrial na Inglaterra de fins do século XVIII e grande parte do século XIX. A seguir, surgiu o Capitalismo monopolista, típico do imperialismo dos anos 1870-1914, e caracterizado pela concentração de capitais, pela luta por mercados e pelo protecionismo das Nações em competição. Por fim, ainda no mesmo período emergiu o Capitalismo Financeiro. Nessa fase, grandes bancos concentravam os capitais advindos do crescimento econômico, e as bolsas de valores negociavam ações de empresas. Hoje, no início do século XXI, com o fenômeno da globalização, analistas julgam que entramos em uma nova fase do Capitalismo. Cada uma dessas etapas foi caracterizada por avanços científico-tecnológicos que impulsionaram o desenvolvimento das empresas capitalistas. Atualmente, os avanços no campo da informática e da eletrônica vêm tendo imensas repercussões na produção capitalista, nas relações comerciais e nas relações sociais de trabalho.

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 43.

Explorando a imagem página 27

a) A charge mostra duas cenas com o mesmo personagem dizendo a mesma frase, no entanto, no primeiro momento, a intervenção do Estado na economia é vista como um problema, enquanto no segundo momento, ela é vista como uma solução. Essa mudança pode ser percebida por meio da expressão facial do personagem (bravo na primeira cena e conivente na segunda), pelo indicador do gráfico (que está em ascensão na primeira cena e em queda na segunda) e também pelo uso do sinal gráfico (exclamação), que, na primeira cena, aparece após a palavra “Basta”.

b) Na segunda cena, como o indicador econômico está caindo (ao fundo na imagem), o personagem apresenta como possível solução a intervenção do Estado na economia. Esse fato é apresentado de forma irônica pelo autor da charge, pois teoricamente o personagem seria um liberal e seria contrário a tais medidas.

Explorando o tema páginas 28 e 29

• Nessa seção, é possível discutir sobre a historicidade dos conceitos com os alunos ao abordar o tema da cidadania, apresentado nas páginas 28 e 29. Para aprofundar essa temática, você pode abordar também outro exemplo de conceito que se alterou com o passar dos anos, como o de revolução. Nesse momento, aproveite para desenvolver com os alunos uma dinâmica e questione-os: o que significa o termo revolução? Esse conceito sempre se referiu a esse significado? Como ele surgiu? Como ele se modificou com o passar dos anos? Permita que os alunos se expressem e, depois, comente sobre o texto a seguir.

Na longa história do pensamento político, o conceito de Revolução, tal como é apresentado em nossa definição, apareceu bastante recentemente. Era, de fato, desco
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nhecido dos grandes filósofos gregos Platão e Aristóteles, segundo os quais a sucessão das várias formas de Governo se baseava em certas sequências cíclicas e envolvia essencialmente mudanças na composição da classe governante e não alterações fundamentais, nem mesmo nas esferas social e econômica. [...]

A palavra Revolução foi criada exatamente na Renascença, numa referência ao lento, regular e cíclico movimento das estrelas, como que a indicar que as mudanças políticas não se podem apartar de “leis” universais e implícitas. É no século XVII que a palavra vem a ser usada como termo propriamente político, para indicar o retorno a um estado antecedente de coisas, a uma ordem preestabelecida que foi perturbada [...]

É justamente durante a Revolução Francesa que se verifica uma mudança decisiva no significado do conceito de Revolução, mudança aliás já implícita nas formulações teóricas dos iluministas, de que se haviam nutrido muitos dos líderes dessa Revolução: da mera restauração de uma ordem perturbada pelas autoridades, passa-se à fé na possibilidade da criação de uma ordem nova; da busca da liberdade nas velhas instituições, passa-se à criação de novos instrumentos de liberdade; enfim, é a razão que se ergue contra a tradição ao legislar uma constituição que assegurasse não só a liberdade, mas trouxesse também a felicidade ao povo. A ruptura com o passado não podia ser mais completa. [...]

Será, enfim, Marx quem dará uma forma completa e um fim ainda mais grandioso à Revolução. Ela surgirá não só como instrumento essencial para a conquista da liberdade, identificada com o fim da exploração do homem pelo homem e, por consequência, com a possibilidade de vencer a pobreza, mas também como meio de conseguir a igualdade, posta na justiça social, e de o homem desenvolver plenamente todas as suas qualidades.

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. 11. ed. Trad. João Ferreira (Coord.). Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998. v. 2. p. 1122-3.



Respostas

a) Ao afirmarmos que os conceitos apresentam historicidade, estamos considerando que eles foram criados em determinados contextos históricos. Assim, podemos afirmar que os significados dos conceitos dependem dos locais e das épocas em que são utilizados.

b) Resposta pessoal. Permita que os alunos exponham suas ideias acerca do que eles entendem por cidadania. Espera-se que eles reconheçam a importância de todos exercerem sua cidadania.

Página 33

• Comente com os alunos que o horário de verão teve origem na Inglaterra, no início do século XX, com um construtor londrino chamado William Willet (1856-1915). Por meio da distribuição de panfletos, ele iniciou uma campanha para reduzir o consumo de energia elétrica. Willet propunha o adiantamento dos relógios em 20 minutos nos domingos de abril, e o atraso deles, também em 20 minutos, nos domingos de setembro. Com isso, Willet afirmava que o consumo de energia seria reduzido nesses períodos. O primeiro país a adotar o horário de verão foi a Alemanha, em 1916. Em seguida, a Inglaterra e outros países europeus também o adotaram. Em 1918, foi a vez dos Estados Unidos. Atualmente, cerca de 30 países, entre eles o Brasil, já adotaram o horário de verão com o intuito de reduzir seu consumo de energia elétrica.


Página 373

capítulo 2 O Antigo Regime

Objetivos

• Perceber as permanências e as rupturas políticas, econômicas e sociais entre o período feudal e o Antigo Regime.

• Estudar a formação dos Estados modernos europeus.

• Analisar o cotidiano dos europeus na época do Antigo Regime.

• Compreender as características do Absolutismo em diversos Estados europeus, como Espanha, Portugal, Inglaterra e França.

A caminho do Estado moderno

Historicamente, o Estado moderno caracterizou-se pela devoção à nação e por sentimentos de orgulho nacional. Em todo o território, utiliza-se um idioma nacional, e as pessoas têm a sensação de partilhar uma cultura e uma história comuns, que as diferencia dos demais povos. Nos séculos XVI e XVII, o sentimento nacional já mostrava sinais de crescimento, mas somente no século XIX esse atributo do Estado moderno tornou-se um elemento essencial da vida política europeia. No início do período moderno, a devoção geralmente era dedicada a uma cidade ou província, a um nobre ou à pessoa do rei, mais do que à nação, ao conjunto da população.

Nos séculos XVI e XVII, a ideia de liberdade, hoje tão fundamental à política e ao pensamento ocidentais, raramente era discutida e seus principais defensores na época foram os adversários [...] do absolutismo. [...] De modo geral, [...] o absolutismo dominou a estrutura política do início da Europa moderna. Foi somente a partir do final do século XVIII que o absolutismo passou a ser amplamente desafiado pelos defensores da liberdade.

O princípio do equilíbrio de poder, parte integrante das relações internacionais modernas, também surgiu no início dos tempos modernos. Quando um Estado ameaçava dominar a Europa, como fez a Espanha de Filipe II e a França de Luís XIV, os outros Estados se aliavam e resistiam. O receio de que um Estado perturbasse o equilíbrio de poder e dominasse a Europa permeou as relações internacionais nos últimos séculos.

PERRY, Marvin. Civilização ocidental: uma história concisa. Trad. Waltensir Dutra; Silvana Vieira. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 251.

Abertura do capítulo páginas 34 e 35

Figura 47

• Essas imagens de abertura fazem referência ao contexto do Antigo Regime francês. Comente com os alunos que, no período do Antigo Regime, a nobreza francesa desfrutava de diversos privilégios e vivia à custa dos impostos pagos pelos outros setores da sociedade. Muitos também viviam sob a tutela do rei e desfrutavam de condições de vida muito melhores do que as da maioria da população.

Observe os detalhes da pintura que representa uma típica
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família da nobreza em seu ambiente doméstico e verifique com os alunos: a presença de um animal de estimação, a mobília, a decoração da sala, a porcelana que eles estão usando, as vestes luxuosas dos personagens.

• Sobre a imagem da página 35, veja uma sugestão de como analisá-la a seguir.

Figura 48

Observe as duas pessoas armadas que acompanham o senhor e intimidam o camponês.

O chapéu do camponês encontra-se no chão, provavelmente é um sinal de que, ao falar com o senhor, ele tinha que assumir uma condição de inferioridade.

As vestes requintadas e o chapéu do senhor demonstram sua elevada condição social.

Veja a atitude impositiva do senhor, com o dedo em riste em direção ao camponês.

A dívida está sendo paga com uma grande quantidade de moedas.

Camponês francês pagando impostos ao seu senhor. Gravura de Pierre-Philippe Choffard, 1761.

Pierre-Philippe Choffard. 1761. Gravura. Biblioteca Nacional da França, Paris (França)



Respostas

a) Na imagem da página 34 foram representados integrantes da nobreza. É possível perceber isso por meio de alguns elementos da imagem: o mobiliário, o cômodo em que a família está, suas vestes, a postura em que os membros foram representados e a atividade que estão realizando.

b) Na imagem da página 35 é possível identificar a diferença social na França por meio da postura dos personagens: um camponês em situação de inferioridade (de joelhos) em relação ao seu senhor, que está com uma atitude impositiva e acompanhado de pessoas armadas.

c) A família foi representada tomando chá ou chocolate enquanto o camponês foi representado pagando suas dívidas. As imagens mostram a diferença da realidade social vivenciada por cada um desses grupos.

Página 36

• Caso julgue conveniente, leia com os alunos o texto a seguir, que trata dos motivos que levaram à crise do sistema feudal.

[...] O tempo de criação e de equilíbrio do regime feudal foi de duração limitada. Na Europa, nos séculos XIV e XV, vemos eclodir e prolongar-se uma crise geral da sociedade feudal, que não é a última. Ainda que o declinar do mundo feudal dure relativamente menos tempo que o declinar do mundo antigo, ocupa vários séculos (XV-XVIII), até o momento em que uma nova classe — a burguesia — persegue conscientemente sua destruição e sua substituição.

No século XIV, torna-se evidente em todos os países da Europa ocidental que [...] nem a extensão, nem a intensificação da agricultura podem fazer frente ao aumento da população. Os arroteamentos detêm-se, as terras esgotam-se. Fomes terríveis, se-


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guidas de epidemias, afetando sobretudo os mais pobres, sucedem-se com um ritmo bastante rápido. A “Peste Negra” — 1348-1349 — é a mais célebre [...]. A constituição dos primeiros Estados nacionais apoiada sobre a estrutura política feudal provoca guerras terríveis como a Guerra dos Cem Anos, entre a França e a Inglaterra. [...]

A crise provém do agravamento da exploração das massas camponesas. [...] Os impostos senhoriais chegaram a ser puramente parasitários, e aumentaram com o gosto pelo luxo e com o desenvolvimento das trocas no seio das classes superiores. [...]

As revoltas camponesas, que marcaram esse amplo período de crise, tiveram resultados diferentes, mas todas possuíam um caráter comum: nenhuma delas pôde provocar uma transformação social revolucionária. [...]

Por outro lado, a terra foi com frequência arrendada aos capitalistas das cidades, burgueses que transferiam para os campos o capital adquirido dos negócios.

O futuro pertencia a esses arrendatários capitalistas; mas enquanto durasse o regime feudal e sua forma de Estado, esses indivíduos continuavam sofrendo o peso dos dízimos, dos tributos feudais, ao mesmo tempo a injusta repartição dos impostos reais e as dificuldades para o comércio. Certamente, às vezes esses arrendatários integravam-se de uma forma contraditória no regime existente, daí conseguindo retirar lucros, tornando-se arrendatários dos direitos senhoriais e entregando-se localmente a variadas atividades comerciais. Mas a tendência fundamental, a longo prazo, era a de esses arrendatários terem interesse, pelas mesmas razões dos pequenos camponeses ou dos burgueses, na destruição do regime feudal.

PARAIN, Charles. A evolução do sistema feudal europeu. Trad. Theo Santiago. In: SANTIAGO, Theo. Do Feudalismo ao Capitalismo: uma discussão histórica. São Paulo: Contexto, 2006. p. 31-5. (Textos e documentos).

Página 39

Sobre o mercantilismo, explique aos alunos que, além de premissas como o metalismo e a balança comercial favorável, essa prática econômica foi marcada pela industrialização, pelo protecionismo alfandegário e pelo pacto colonial. As indústrias podiam ser estimuladas pelo governo, visando à exportação de manufaturas. Nessa medida, o protecionismo alfandegário visava inibir ao máximo a entrada de produtos estrangeiros, cobrando-lhes altos impostos, estimulando a indústria nacional e evitando a saída de riquezas para outros países, na tentativa de manter a balança comercial positiva. Além disso, o pacto colonial primava por acordos comerciais de exclusividade por parte das colônias, em que seus produtos eram comprados a preços baixos e vendidos a preços elevados. Esse processo envolvia, então, a adoção de um sistema de monopólio, que também fez parte das características mercantilistas. Muitas vezes, em troca de apoio político, alguns reis concediam exclusividade de comércio ou de produção de certos produtos a mercadores individuais ou organizados em companhias.



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