História 8º ano



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, que possui um vasto banco de dados referente ao tráfico de escravos. Nesse site, em inglês, você vai encontrar também vários mapas detalhados sobre esse tema.

História em construção página 83

• A seção comenta as ideias de Caio Prado Júnior e os conceitos de colônia de exploração e colônia de povoamento. Para subsidiar o trabalho com esse tema, leia o texto a seguir, que traz a argumentação do próprio autor (parte de sua obra Formação do Brasil Contemporâneo, publicada originalmente em 1942).


Página 391

Muito diversa é a história da área tropical e subtropical da América. Aqui a ocupação e o povoamento tomarão outro rumo. Em primeiro lugar, as condições naturais, tão diferentes do habitat de origem dos povos colonizadores, repelem o colono que vem como simples povoador, da categoria daquele que procura a zona temperada.

[...]

Nas [...] colônias tropicais, inclusive o Brasil, não se chegou nem a ensaiar o trabalhador branco. Isto porque nem na Espanha, nem em Portugal, a que pertencia a maioria delas, havia, como na Inglaterra braços disponíveis e dispostos a emigrar a qualquer preço. [...]



Como se vê, as colônias tropicais tomaram um rumo inteiramente diverso do de suas irmãs da zona temperada. Enquanto nestas se constituirão colônias propriamente de povoamento [...], escoadouro para excessos demográficos da Europa que reconstituem um novo mundo, uma organização e uma sociedade à semelhança do seu modelo e origem europeus; nos trópicos, pelo contrário, surgirá um tipo de sociedade inteiramente original. Não será a simples feitoria comercial, que já vimos irrealizável na América. Mas conservará no entanto um acentuado caráter mercantil; será a empresa do colono branco, que reúne à natureza pródiga em recursos aproveitáveis para a produção de gêneros de grande valor comercial [...].

[...] É com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem do interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia brasileiras. [...]

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1961. p. 21; 24-5.

Respostas

a) Caio Prado Júnior explicou essas diferenças com base no tipo de colônia instalada em cada uma dessas duas regiões. A América Latina, por ter sido constituída como uma colônia de exploração, apresenta mais problemas sociais e mais desigualdade. Os Estados Unidos, por terem sido uma colônia de povoamento, onde os moradores escolheram morar permanentemente e não tinham apenas intenções exploratórias, se tornaram mais desenvolvidos.

b) Porque os estudos recentes consideram importante analisar também outras especificidades dos processos de colonização, como, por exemplo, o fato de que a colonização promovida por Espanha e Portugal teve uma característica mais centralizada, organizada e controladora, o que dificultou a constituição da colônia de forma mais autônoma por parte dos colonos.

Página 86

• Durante a formação do Primeiro Congresso Continental, os colonos ingleses ainda não haviam chegado a um consenso sobre a possível ruptura com a Inglaterra. Duas correntes políticas se definiram nesse momento. De um lado estavam os patriotas, também chamados de whigs, que eram favoráveis à independência, mesmo que para isso fosse necessário lutar contra a Inglaterra. Esse grupo era composto por pequenos agricultores, intelectuais, trabalhadores assalariados e pela ascendente camada burguesa. Do outro lado, estavam os legalistas, também chamados tories, que mantinham fidelidade à Coroa inglesa. Nesse grupo, encontravam-se principalmente os altos funcionários que compunham a burocracia colonial, além de alguns latifundiários sulistas.


Página 392

Página 87

• De acordo com a Declaração de Independência das Treze Colônias, todos os cidadãos deveriam ser dotados dos mesmos direitos fundamentais, uma vez que estes eram considerados inatos e inalienáveis. O documento, no entanto, não considerava cidadãos os escravos, as mulheres e os estrangeiros. Apresente aos alunos o trecho da Declaração disposto a seguir. Depois, comente com eles que estas exceções contidas no documento legitimavam, por exemplo, a manutenção da escravidão mesmo após declarada a independência de caráter democrático.

Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e lhe organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.

Extraído do site: . Acesso em: 29 abr. 2015.



Explorando a imagem página 88

• A estátua do rei Jorge III representa o domínio britânico sobre as colônias da América. Por isso, após ser declarada a independência dessas colônias, os moradores de Nova Iorque se reúnem para derrubar o monumento, simbolizando o fim da supremacia inglesa sobre o território. Explique aos alunos que essa atitude representa o repúdio da população em relação ao governo inglês. Comente também que outras representações foram feitas a respeito do mesmo evento, muitas delas romantizadas.

Veja a seguir a descrição de alguns dos elementos da gravura.

Figura 56

Estátua do rei Jorge III.

Algumas pessoas assistem ao ocorrido da janela de suas residências.

Essa imagem representa moradores de Nova Iorque derrubando a estátua do rei Jorge III, da Inglaterra, logo após a declaração de independência.

Em segundo plano, alguns homens, provavelmente os senhores dos escravos, observam-nos derrubando o monumento.

Em primeiro plano, foram representados alguns escravos derrubando a estátua.

Andre Basset. Séc. XVIII. Gravura. Biblioteca do Congresso, Washington (EUA)
Página 393

Página 89

Sugestão de atividade Análise de documento

Objetivos

• Analisar um trecho da Constituição brasileira.

• Interpretá-la de forma coerente e perceber sua importância para o país.

• Exercitar a prática da produção de texto.

A independência dos Estados Unidos da América levou à elaboração de uma Constituição que legislava sobre os direitos básicos dos cidadãos. Esse documento funcionava para todo o território, o que fez com que a nova nação se tornasse a primeira República constitucional do mundo. Leia o texto a seguir, que trata do pioneirismo da Constituição estadunidense.

A Constituição é a lei principal, situada acima das outras regras. Ela é o poder supremo; a instância com força capaz de dar estrutura e lançar os fundamentos políticos, sociais e jurídicos do Estado. É a própria revelação da soberania nacional.

[...] A Constituição, no sentido de preceitos imperativos a abarcar a somatória da vida jurídica de um povo em caráter duradouro, é obra moderna. Ela surgiu com a finalidade de afirmar e garantir os direitos fundamentais dos indivíduos, disciplinar o uso e evitar a concentração do poder, assentando a organização racional da sociedade e do governo. Assim, reagindo à prática danosa do absolutismo e percebendo serem insuficientes as Declarações de Direitos, os políticos e juristas do século XVIII trataram de coibir, através de um texto de valor jurídico obrigatório, o abuso de autoridade e o excesso de poder, possibilitando a punição em tais circunstâncias e adotando a ideia de separação de poderes, com base na observação de Montesquieu segundo a qual “só o poder contém o poder”.

A primeira Constituição que se tem notícia, com a denominação e características atuais, foi gestada na América do Norte, no bojo do processo revolucionário que levou as treze colônias inglesas à independência.

Extraído do site:


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