História 8º ano



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. Acesso em: 14 abr. 2015.

Além disso, com o avanço tecnológico, as pessoas de diferentes culturas e regiões do planeta podem se comunicar em tempo real. Consequentemente, a atenção às múltiplas culturas é atual e necessária, sobretudo no âmbito escolar. Por meio dessa abordagem, é possível resgatar valores culturais quase esquecidos pela sociedade atual, evitando a extinção de culturas regionais ou antigas. Procedendo dessa forma, alcançaremos a tolerância e o respeito entre descendentes de diferentes etnias e culturas, combatendo o preconceito e possíveis discriminações.


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Meio ambiente

O trabalho com Meio ambiente incita importantes reflexões nos alunos. Como os problemas que envolvem o ambiente estão constantemente nos meios de comunicação, esse Tema Transversal está mais próximo da realidade dos alunos e, assim, permite organizar em sala de aula significativas discussões e trocas de ideias. Esse estudo inclusive não se restringe ao meio biótico e abiótico, mas ao conjunto de ações humanas que permeiam o ambiente como um todo.

Hoje há uma busca em manter a sociedade ambientalmente sustentável porque a qualidade do ambiente reflete a realidade social e econômica de uma nação. A prevenção de danos ao ambiente envolve a preocupação com os seres vivos, a natureza e o ser humano com tudo o que o cerca. Com essa abordagem, esperamos contribuir para a conscientização dos alunos, tornando-os cidadãos preparados para atuar na realidade socioambiental.

Saúde

O Tema Transversal Saúde envolve a conscientização sobre a importância de hábitos que protegem a saúde e cria estratégias para a conquista dos direitos de cidadania.

A saúde de uma pessoa depende de um conjunto de fatores, os quais resultam da interação entre o meio físico, social e cultural. Sendo assim, questões como o saneamento básico, a qualidade do ar, o estilo de vida, a distribuição de renda, a segurança alimentar, entre outras, têm grande influência no bem-estar das pessoas.

O cuidado com a saúde deve ser uma preocupação desde a infância e a escola tem papel fundamental na estruturação dessa temática dentro e fora da sala de aula. Ela deve estruturar e estimular os comportamentos e hábitos saudáveis, fornecendo elementos que os capacitem para uma vida saudável, deixando-os preparados para cuidar da saúde no âmbito pessoal e coletivo. Desse modo, a escola deve incentivar o autocuidado, priorizar a prevenção e conceber a saúde como direito e responsabilidade pessoal e social.



Orientação sexual

O comportamento, sobretudo dos jovens, vem se alterando muito nas últimas décadas, fato que não pode ser ignorado no ambiente escolar. Tratamos aqui da Educação sexual que envolve outros aspectos além do ato sexual, os quais se referem à sexualidade e ao respeito à orientação sexual de cada indivíduo. Essa educação inicia-se em casa, com a família, e continua por toda a vida.

[...] A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois, além da sua potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental das pessoas. Manifesta-se desde o momento do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento humano,
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sendo construída ao longo da vida. Além disso, encontra-se necessariamente marcada pela história, cultura, ciência, assim como pelos afetos e sentimentos, expressando-se então com singularidade em cada sujeito. [...]

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 295.

Não há como negar que a sexualidade esteja maciçamente exposta aos jovens atualmente, seja nos meios de comunicação, na arte, ou de outras maneiras. Por isso, a escola e o professor devem estar atentos a esses fatos, de maneira que a inserção do Tema Transversal Orientação sexual abra espaço para a informação e para o debate sobre as questões que envolvem a sexualidade humana. O “ficar”, o namoro, a orientação sexual, o aborto, a prostituição, o abuso e a violência sexual, a pedofilia e a pornografia são temas a serem discutidos abertamente por toda comunidade escolar, incluindo os pais. Devem-se discutir também as questões de gênero, o preconceito contra homossexuais e transexuais, criando um ambiente de respeito e compreensão. O espaço escolar é crucial para discussões abertas sobre o tema, pois nem sempre isso é possível nas famílias dos alunos. Como a sexualidade faz parte da sociedade, ela não pode ser desvinculada da escola, a qual deve se inteirar da cultura de cada aluno, considerando sua educação moral, seus princípios e suas crenças religiosas, contudo respeitando cada um e suas concepções.

O tema da Orientação Sexual traz em si a preocupação com as formas de discriminação que devem ser colocadas na pauta de discussão e desconstruídas.

Leia o texto.

No conjunto das conquistas político-sociais da atuação do Movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros], se enquadra a sensibilização da população de modo geral para as formas de discriminação por orientação sexual, que tem levado estudantes a abandonarem a escola, por não suportarem o sofrimento causado pelas piadinhas e ameaças cotidianas dentro e fora dos muros escolares. Esses mesmos movimentos têm apontado a urgência de inclusão, no currículo escolar, da diversidade de orientação sexual, como forma de superação de preconceitos e enfrentamento da homofobia. [...]

Figura 40

Milhares de pessoas participaram da 19ª edição da Parada do Orgulho Gay, no Rio de Janeiro, em 2014, organizada pelo movimento LGBT.

Kátia Carvalho/Folhapress

A superação das discriminações implica a elaboração de políticas públicas específicas e articuladas. Os exemplos relativos às mulheres, aos homossexuais masculinos e femininos, às populações negra e indígena tiveram a intenção não apenas de explicitar que as práticas preconceituosas e discriminatórias – misoginia, homofobia e racismo – existem no interior da nossa sociedade, mas também que essas mesmas práticas vêm


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sofrendo profundas transformações em função da atuação dos próprios movimentos sociais, feministas, LGBT, negros e indígenas. Tais movimentos têm evidenciado o quanto as discriminações se dão de formas combinadas e sobrepostas, refletindo um modelo social e econômico que nega direitos e considera inferiores mulheres, gays, lésbicas, transexuais, travestis, negros, indígenas. A desnaturalização das desigualdades exige um olhar transdisciplinar, que, em vez de colocar cada segmento numa caixinha isolada, convoca as diferentes ciências, disciplinas e saberes para compreender a correlação entre essas formas de discriminação e construir formas igualmente transdisciplinares de enfrentá-las e de promover a igualdade.

SECRETARIA Especial de Políticas para as Mulheres. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Brasília: SPM, 2009. p. 27; 28.

Trabalho e Consumo

O ensino desses conceitos deve abranger a noção de trabalho não apenas como o exercício de uma atividade, que gera renda para o indivíduo custear suas necessidades e consumir produtos. Esse conteúdo deve proporcionar também a visão de que, na sociedade consumista em que vivemos, o trabalho pode levar à alienação do trabalhador, desencadeando uma constante busca pelo consumismo estimulado constantemente pelo mercado.

Com essa abordagem crítica, os alunos terão melhores condições de se tornar consumidores conscientes, cidadãos preparados para observar, argumentar e contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária e aptos a exigir seus direitos e cumprir seus deveres. Nesse sentido, a disciplina de História tem muito a oferecer. Leia o trecho abaixo.

Em História, por exemplo, encontram-se conteúdos que tratam da história das relações sociais, da cultura e do trabalho. A perspectiva será a forma como as sociedades moldaram, em diferentes épocas, suas relações sociais de trabalho [...]. A abordagem histórica contribui de forma essencial para o desvelamento da ausência de naturalidade das relações de trabalho e consumo, mostrando como estas se constroem a partir de múltiplas determinações, colocando-se como questões que mobilizam diferentes atores sociais.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, Trabalho e consumo. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 369.

Em História, o professor pode explorar o tema do trabalho e do consumo em vários momentos. Ao falar sobre a transformação da matéria-prima, das formas como as diversas sociedades se relacionam com a natureza (em diversas épocas), analisando o contexto de formação do capitalismo e da sociedade de mercado, explicando que o emprego de mão de obra e a tecnologia agregam valor ao produto final, entre outros. A relação de trabalho do homem do campo também deve ser trabalhada pelo professor de História.

[...]

Assim, o homem do campo, na sua multiplicidade, se torna uma categoria social, tendo em vista a abrangência dos meios históricos e sociais que emergem o homem, para se transformar em povos do campo. Esses povos são identificados, por pesquisadores e movimentos sociais, dentro das categorias sociais, como pequenos agricultores, agricultores familiares, camponeses, assentados, sem-terra, posseiros, assalariados, vileiros, indígenas, quilombolas e atingidos por barragens, expressos nos documentos oficiais. Povos que trabalham a terra e a natureza e vivem da renda da terra e, em


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muitos casos, submetidos à lógica do mercado capitalista. Nesse sentido, as relações sociais estabelecidas entre campo-cidade na sociedade contemporânea estão nos marcos do capitalismo, isto é, são relações de exploração, exclusão e marginalização social. [...]

[O] campo deve ser entendido como um modo de vida, com suas determinações e dimensões históricas, de produção econômica, pois suas atividades produtivas são levadas ao mercado (mercado aqui, não necessariamente capitalista) e de organização política, pois as lutas sociais desenvolvidas em seu interior para produzir assumem um caráter político e de classe. O campo, portanto, é histórico, pois é produto do trabalho humano, que produz conhecimento na práxis produtiva e nas ações de seus sujeitos, tomam dimensões políticas e de formação social, isto é, ganham territorialidade de ação do capital e das lutas de classes.

AMBONI, Vanderlei. A categoria Trabalho nas Diretrizes Curriculares da Educação do Campo no Paraná: uma aproximação com a realidade do campo. Seminário de Estudos e Pesquisas sobre Educação do Campo - UFSCAR. Eixo 2. p. 9. Extraído do site:


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