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pesquisa em História Oral, História e a dos cursos de formação de professores de matemática no
Estado de
Goiás.
A partir do início de 2006 penso em admitir o seguinte cronograma:
1° semestre de 2006 – cursar mais duas disciplinas, pelo menos, sendo que uma deve ser no
sistema ‘condensada’ (em janeiro) e continuar o levantamento bibliográfico e da fundamentação teórica da
metodologia a ser empregada na pesquisa.
2º semestre de 2006 – em campo; serão iniciadas as investigações bibliográficas, a procura de mais
documentos, acervo das instituições, recortes de jornais locais que envolvam
o tema e possam sugerir mais
entrevistados do que os já relacionados e identificados pelas pesquisas preliminares. Na seqüência das
entrevistas poderão ser feitas, também, as transcrições e as textualizações.
1º semestre de 2007 – a análise dos dados junto com a confecção do corpo da dissertação.
2° semestre de 2007 – Revisão, qualificação e defesa.
6. Bibliografia
ALBRETI, V.
Ouvir contar:
Textos em História Oral. São Paulo. FGV Editora. 2004.
BLOCH, M.,
APOLOGIA DA HISTÓRIA Ou O Ofício de Historiador
, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora,
2001.
GARNICA, A.V.M. (2001). Pesquisa Qualitativa e Educação (Matemática): de regulações, regulamentos,
tempos e depoimentos.
MIMESIS
, Bauru, v.22, n.1, p. 35-
48.
GARNICA, A.V.M. (2002).
História Oral e Educação Matemática: um inventário.
Faculdade de Ciência
s – UNESP – Bauru (mimeo).
GARNICA, A.V.M.(2003). História Oral e Educação Matemática: do inventário à
regulação.
ZETETIKÉ
, v.11, n.19, p. 9-55. Campinas: FE/CEMPEM.
GATTAZ, A. C.,
Braços da Resistência: Uma História Oral da Imigração Espanhola
, São Paulo: Editora
Xamã, 1996.
MEIHY, J. C. S. B.,
Manual de História Oral
, São Paulo: Edições Loyola, 1996.
RICOEUR, P.
Teoria da Interpretação
– O discurso e o excesso de significação. Lisboa: Edições 70.
(1976).
Revista da Universidade Católica de Goiás
. v. 31, Edição Especial. Editora da UCG. Goiânia, 2004.
SILVA, D.J.G.
Os Cursos de Matemática da Universidade Católica de Goiás e da Universidade Federal
de Goiás: História e Memória
. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Católica de Goiás.
Goiânia: 2003.
GAERTNER, R.
A Matemática Escolar em Blumenau (SC) no Período de 1889 a 1968: da Neus
Deustche Schule a Fundação Universidade Regional de Blumenau
. Tese de Doutorado apresentada à
Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, 2004.
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DE ARCHITECTURA LIBRI DECEM DE MARCUS VITRUVIUS POLLIO
Tânia Baier – FURB
Universidade Regional de Blumenau
baier@furb.br
Jeferson A. Gottardi
Licenciatura em Matemática – FURB
Resumo:
O presente trabalho enfoca alguns
aspectos da obra
De Architectura Libri Decem
(
Dez livros de
Arquitetura
), elaborada por Marcus Vitruvius Pollio, que apresenta o conhecimento romano referente à
engenharia civil e militar. O termo “arquitetura”, para os romanos da época, possuía um sentido diverso do
atual. Arquiteto era um profissional dotado de conhecimentos em desenho, geometria, aritmética, história,
ótica,
filosofia, música, medicina, jurisprudência e astronomia. Na obra de Vitruvius encontra-se a
preocupação com a saúde e o bem-estar dos futuros habitantes das cidades romanas, bem como questões
relacionadas com a preservação do meio ambiente. Motiva reflexões sobre educar matematicamente
valorizando as questões ambientais.
O estudo da história dos gregos e dos romanos pode contribuir para o entendimento das origens da
nossa civilização ocidental, pois deles herdamos visões de homem e de mundo que se encontram entre nós
até os dias atuais.
Segundo a tradição, Tales de Mileto (640? – 564? a.C.) inicia a construção da geometria dedutiva,
desenvolvida por Pitágoras (586? – 500? a.C.) e seguidores. Por volta de 387 a.C. Platão
funda sua
Academia, em cuja entrada encontrava-se escrito que apenas aqueles versados em geometria poderiam
adentrá-la. “A matemática parecia da mais alta importância a Platão devido ao seu componente lógico e à
atitude espiritual abstrata gerada por seu estudo” (EVES, 1995, p. 132). Tal postura, quando assumida na
educação matemática, prioriza a abordagem do aspecto formal da matemática e deprecia suas aplicações
práticas.
Por volta de 300 a.C. Euclides compila e sistematiza a geometria dedutiva, construída pelos gregos,
na obra
Os Elementos
, usada como livro-texto para o ensino da geometria por mais de dois mil anos. Nessa
obra não se encontram aplicações práticas
da geometria, não havendo ligações com o cotidiano.
Os gregos nos legaram contribuições fundamentais nas artes, na moral, na política, nas ciências, na
religião, nos esportes. Conquistada pelos romanos, a Grécia foi reduzida a uma província, mas suas
criações foram incorporadas pelos romanos, que se interessaram pelas aplicações da matemática. Entre os
romanos predominava o gosto pelo aspecto prático da matemática e não por abstrações, ou seja,
apresentavam uma tendência diametralmente oposta àquela manifestada pelos gregos.
Roma disseminou a cultura clássica helênica, legando ao mundo moderno instituições civis e
políticas, arte, códigos e literatura. Na literatura científica romana sobressai a obra de Marcus Vitruvius
Pollio, escrita aproximadamente em 100 a.C. e reeditada durante vários séculos
graças ao apoio financeiro
de papas e imperadores. Originalmente, a obra de Vitruvius era composta por dez rolos hoje impressos em
um único volume:
De Architectura Libri Decem
(
Dez Livros de Arquitetura
). A obra de Vitruvius tem recebido
críticas,
por exemplo, a de que seu mérito reside no fato de ser a única que foi salva das ruínas das
civilizações helênica e latina. Porém, dos muitos textos resgatados, conclui-se que apenas em Vitruvius