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ARITMÉTICA ANTIGA ATRAVÉS DE ARTEFATOS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA



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93
 
ARITMÉTICA ANTIGA ATRAVÉS DE ARTEFATOS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA 
 
Rosalba Lopes de Oliveira
14
 
lrosalba@ufrnet.br
 
Bernadete Morey
15
 
bernadetemorey@interjato.com.br
 
 
Resumo
: Propõe-se aqui, para o Curso Normal Superior (que forma professores que atuam na Educação 
Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental) o uso História da Matemática como recurso pedagógico. A 
História da Matemática é envolvida aqui através de atividades estruturadas conforme concepções 
desenvolvidas e implementadas em estudos de mestrado e doutorado nos anos recentes no Rio Grande do 
Norte. As atividades serão desenvolvidas não apenas com lápis e papel, mas contarão com o auxílio de 
artefatos, que para nós, serão modelos de objetos originários das antigas civilizações que possam ser 
explorados matematicamente. Podemos citar alguns destes modelos: trecho de um papiro, tablete 
mesopotâmico, inscrição comemorativa, um monumento. 
 
Introdução 
O processo de formação dos alunos que fazem parte do Curso Normal Superior, oferecido pelo 
Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy – IFESP, em Natal/RN, pretende desenvolver 
habilidades e capacidades de ressignificar a prática docente nas escolas públicas desta capital. Nesta 
perspectiva, a preocupação maior é de contribuir com o professor em conhecer melhor o processo de 
aprender e ensinar. 
Os alunos desse curso atuam na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, com 
um tempo de docência considerável, apresentando dificuldades em leitura e escrita. 
Esses professores, em sua maioria, apresentam lacunas em sua formação de temas ligados a 
conhecimentos gerais e, em especial, ao conhecimento matemático, desenvolvendo aversão e medo desta 
disciplina, considerado, pela maioria, de difícil compreensão. Esta forma de pensar é traduzida na sua ação 
docente, que transmitem esses medos para seus alunos que começam a ver na matemática uma forma de 
classificá-los como capazes ou não de aprendê-la. 
As limitações desses professores no domínio do saber matemático e nos métodos de ensino dessa 
disciplina, nos fez buscar alternativas para melhorar essa situação, procurando motivar o professor a utilizar 
a História da Matemática, como recurso para ensino e aprendizagem dos conteúdos matemáticos. Faz parte 
desta proposta a construção de artefatos, por parte do professor e do aluno, que possam contribuir para 
compreensão do conteúdo que está sendo estudado.  
Esperamos assim, fazer com que o professor possa se sentir capaz para criar, pesquisar e refletir 
sobre o que foi construído e debatido em sala de aula, procurando motivar o aluno a participar da 
construção do saber. 
 
                                                 
14
 Professora do Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy – IFESP/RN. 
 
15
 Professora do Departemento de Matemática e dos programas PPGECNM/CCET e PPGEd/CCSA (UFRN) 
 


 
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As atividades como eixo norteador da proposta 
 
Pesquisas realizadas no campo da Educação Matemática no Brasil e no mundo apontam para a 
necessidade de mudanças na forma de ensinar e aprender Matemática a fim de atender as novas 
exigências da sociedade vigente. Sabemos o quanto a Matemática tem contribuído com o desenvolvimento 
desta sociedade e, dessa forma, como nos afirma Onuchic e Allevato (2004, p. 213), “A necessidade de se 
‘entender’ e ‘ser capaz’ de usar Matemática na vida diária e nos locais de trabalho nunca foi tão grande. 
Muitos esforços estão sendo feitos para tornar o ensino da Matemática mais eficiente. É preciso que muito 
mais gente saiba Matemática e a saiba bem”. Pensando assim, vários pesquisadores que atuam na 
formação de professores de Matemática no Rio Grande do Norte, buscam alternativas para transformar o 
ensino da Matemática propondo estratégias em que o processo de ensino e aprendizagem, desta disciplina, 
possa envolver tanto o aluno, como o professor e o saber matemático. 
 
A idéia central, na forma de abordar os conteúdos matemáticos proposto por estes pesquisadores 
foi o trabalho com atividades de ensino, em que o aprender fazendo é essencial nesta proposta.  
 
Fizemos uma pesquisa bibliográfica em alguns livros, revistas, dissertação de mestrado e teses de 
doutorado, publicados e defendidos por esses pesquisadores, como forma de nortear a construção do 
conceito de atividade que está presente nas situações de ensino elaboradas por estes atores que fazem a 
pesquisa no RN. Devemos pontuar que este trabalho é parte integrante do projeto de tese submetido ao 
Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
 
John Fossa no seu livro Ensaios sobre a Educação Matemática (2001, p. 79) ressalta que:  
[...] atividades bem estruturadas e usadas com consistência e criatividade podem ser 
um instrumento poderoso na aquisição de conceitos matemáticos. As referidas 
atividades deveriam utilizar materiais a serem manipulados pelos próprios alunos, 
além de conter componentes lúdicos, orais e simbólicos. E, finalmente, deveriam ser 
seqüenciadas de maneira apropriada. 
 
 
O autor acrescenta ainda que:  
 
[...] a atividade fica completa no sentido de estar munida dos três tipos de 
representações dos conceitos nela desenvolvidos: uma representação 
física
 (os 
materiais manipulativos), uma representação 
oral
 (a discussão no grupo e, se for o 
caso, a apresentação dos resultados ao professor e/ou outros colegas), e uma 
representação 
simbólica
 (o registro por escrito). 
 
Para o autor, atividade é “[...] uma das maneiras mais eficazes de ensinar matemática. (...) um 
instrumento compreensivo de instrução.” (2001, p. 59)  
 
E assim, podemos destacar que na visão de Fossa, atividade é um instrumento de ensino
organizada de forma seqüencial, que permite a participação ativa do aluno na construção do seu 
conhecimento, elaboradas de forma criativa, tendo em vista a motivação para que o aluno sinta interesse 
em desenvolvê-las. Nesta perspectiva, o papel do professor é significativo, visto que é ele que deve ter a 
capacidade de criar e orientar todo o processo de ensino e aprendizagem da matemática. 
 
Com esse entendimento a idéia de atividade proposta pelo autor leva em consideração: o 
desenvolvimento da curiosidade e da criatividade do aluno, quando propõe o trabalho em grupo; propicia 


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