Microsoft Word Sessão de Pôsteres doc



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momento de construção do conhecimento, tendo em vista que o aluno aprende a partir da participação 
direta da experiência proposta; e finalmente, quando o aluno registra, tem mais possibilidade de explorar e 
levantar hipóteses que conduz a um aprofundamento do conceito estudado. Isto nos mostra que trabalhar 
com atividade proporciona também o desenvolvimento de competências tais como: a capacidade de 
organizar seus registros, de oralizá-los utilizando argumentos consistentes, o que facilita a sua atuação no 
enfrentamento de situações fora do espaço escolar. 
 
Tomemos a seguir os estudos realizados por Mendes (2001) que aborda a idéia de utilização de 
atividades históricas na aprendizagem de Trigonometria através de redescoberta. 
O autor referencia que o seu trabalho: 
 
[...] tem uma preocupação maior com o ato cotidiano de ensinar-aprender e considera 
que a historia deve ser utilizada na elaboração e execução de atividades voltadas à 
construção de noções básicas de tópicos matemáticos, pois somente a partir de uma 
orientação sólida a esse respeito pode-se continuar a busca da compreensão das 
propriedades, dos teoremas e das aplicações da matemática na solução de 
problemas que exijam do aluno algum conhecimento desse assunto. (2001. p. 56) 
 
 
Para o autor, a idéia de utilizar atividades de redescoberta como estratégias de ensino e 
aprendizagem da matemática está alicerçada na compreensão de que: 
 
[...] pressupõe uma mútua colaboração entre professor e aluno durante o ato de 
construção do saber, já que a característica essencial desse modo de encaminhar o 
ensino está no fato de que os tópicos a serem aprendidos estão para ser 
(re)descobertos pelo próprio aluno durante o processo de busca a que é conduzido 
pelo professor até que eles sejam incorporados à estrutura cognitiva do aprendiz. 
(2001, p. 59) 
 
 
Reforça ainda que o método da redescoberta sugere a utilização de elementos aprendidos agindo 
em outras situações que exigem a participação efetiva do aluno, uma vez que “[...] a base cognitiva é 
centrada no conhecimento prévio do aluno e o processo de busca e seleção é determinado pelas condições 
em que se aprende.” 
 
A proposta utilizada por Mendes (2001) de desenvolver atividades de redescoberta no ensino e na 
aprendizagem de tópicos da Trigonometria, foi baseada nos estudos de Fossa (1998), Henning (1988), 
Ferreira et al (1992) e Dockweiler (1996) citados pelo autor no seu livro “O uso da História no Ensino da 
Matemática: reflexões teóricas e experiências”. 
 
Por fim, o autor esclarece que o trabalho com atividades possibilita a condução da aprendizagem do 
aluno, na medida em que: 
 
[...] devemos orientá-lo para que ele vá se desenvolvendo numa seqüência gradual, 
sempre partindo das experiências mais concretas e/ou reais, passando por uma 
experiência semi-concreta que exija dele as primeiras representações simbólicas – 
através de desenhos, expressões verbais ou até as primeiras sentenças 


 
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matemáticas. Ao final tornar-se-á mais simples conduzi-lo a fase das reapresentações 
totalmente formais, isto é, ao alcance das abstrações. 
 
 
Esta forma de conceber o uso de atividades na sala de aula apresenta as mesmas características 
defendidas por Fossa, quando enaltece a importância da seqüênciação na elaboração das atividades, com 
vista a participação do aluno, inicialmente, em situações concretas que serão ampliadas para as semi-
concretas que poderão ser comunicadas oralmente, partindo em seguida, para a representação simbólica 
da atividade. Dessa maneira, o professor está propiciando momento de discussão que estimule a 
organização mental das idéias desenvolvidas na atividade. 
 
Para Liliane Santos Gutierre (dissertação de mestrado), atividade é uma estratégia metodológica 
que visa o desenvolvimento de um determinado conteúdo matemático, de forma seqüencial, para que o 
aluno possa construir conceitos. “Tal seqüência enfatiza conceitos e busca proporcionar ao aluno uma 
interação entre esses conceitos e a História da Matemática, a fim de que ele os adquira de maneira 
compreensiva” (2003, p. 16). Vale salientar que a pesquisadora desenvolveu o trabalho sobre os métodos 
de resolução de equação utilizando a História da Matemática como fonte motivadora para o ensino e 
aprendizagem deste referido conteúdo. 
 
Diz Gutierre (2003, p. 32) que o educador: 
 
[...] deve procurar desenvolver um ensino de Matemática compreensivo para o aluno, 
através de, por exemplo, atividades estruturadas que envolvam a História da 
Matemática. Essas atividades podem ser utilizadas de forma manipulativa, isto é, 
usufruindo o que Fossa nomeou de uso manipulativo da História da Matemática. Pata 
tanto, é necessário utilizar as atividades como um instrumento compreensivo de 
instrução e não simplesmente como um mecanismo de motivação.  
 
 
Gutierre (2003, p. 36) explica que as atividades construídas no seu trabalho tinham como eixo 
norteador, “[...] promover a atividade mental construtiva do aluno ajudando-o a elaborar significados 
adequados em torno dos conteúdos que configuram as atividades elaboradas [...]”. Daí a necessidade de 
definir como sustentação teórica, para o seu trabalho, o que está posto na abordagem construtivista, que 
considera o aluno como um ser ativo no processo de construção do conhecimento e o professor como 
construtor de situações que permitam ao aluno construir o seu saber. 
 
Ainda, esclarece a idéia de que essa abordagem metodológica apresenta como características 
principais: 
 
[...] desafiá-los em termos de estratégias do pensamento, através de uma aula 
dinâmica, oferecendo-lhes recursos pedagógicos através das atividades elaboradas 
que favoreçam a reconstrução e apropriação dos conhecimentos. Queremos que o 
aluno construa respostas coerentes no desenvolvimento das atividades, respostas 
precisas, evoluindo em termos de hipóteses formuladas a respeito do estudo 
proposto. É nesse momento que utilizamos elementos de uma abordagem 
construtivista de ensino-aprendizagem. (2003, p. 37) 
 


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