Novas diretrizes para a educaçÃo infantil


TEXTO 3: AVALIAÇÃO: INSTRUMENTO DO PROFESSOR PARA APRIMORAR



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09183509 NovasDiretrizesEducacaoInfantil (1) p 29 -39

TEXTO 3: AVALIAÇÃO: INSTRUMENTO DO PROFESSOR PARA APRIMORAR 
O TRABALHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
O terceiro texto da edição temática traz importantes reflexões sobre a avaliação na Educação 
Infantil, enquanto instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica pelo professor, na medi-
da em que é ele quem pesquisa que elementos podem estar contribuindo, ou dificultando, as 
possibilidades de expressão da criança, sua aprendizagem e desenvolvimento. 


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ApresentAção
Silvia Helena Vieira Cruz
2
As Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Educação Infantil, instituídas pela Reso-
lução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, do 
Conselho Nacional de Educação, “orientam 
a formulação de políticas, incluindo a de for-
mação de professores e demais profissionais 
da Educação, e também o planejamento, 
desenvolvimento e avaliação pelas unidades 
de seu Projeto Político-Pedagógico” (Parecer 
CNE/CEB nº. 20/2009). Trata-se de um mar-
co fundamental na história da educação das 
crianças pequenas no nosso país. 
Ao longo desta história, muitas concepções 
acerca das crianças e da função das insti-
tuições a elas destinadas, profundamente 
marcadas pelas classes sociais às quais elas 
pertenciam, sofreram transformações (em-
bora algumas delas ainda persistam), fruto 
de avanços no conhecimento acumulado na 
área e da luta de movimentos sociais, enti-
dades e profissionais que defendem os direi-
tos das crianças. A legislação brasileira tem 
expressado estas transformações que vêm 
ocorrendo. Por exemplo, o atendimento gra-
tuito em creches e pré-escolas às crianças de 
0 a 6 anos de idade passou a ser incluído entre 
os deveres do Estado com educação escolar 
pública na Constituição de 1988. E na Lei de 
Diretrizes e Bases – LDB, em 1996, a creche, 
anteriormente identificada principalmente 
como um local de guarda de crianças pobres 
e, portanto, vinculada a órgãos da área da as-
sistência, passou a ser compreendida como o 
atendimento educacional às crianças de zero 
a três anos e a integrar o sistema de ensino 
como parte da primeira etapa da educação 
básica, a Educação Infantil. 
Esta tem sido a opção brasileira: incorporar 
o cuidado e a educação dos bebês e crianças 
pequenas no âmbito da Educação. Muitos 
esforços têm sido despendidos no sentido de 
construir a identidade própria desta etapa 
da educação, pois, ao mesmo tempo em que 
compartilha características comuns com as 
demais etapas, guarda especificidades que 
precisam ser consideradas. Os debates em 

Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Professora 
da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará – UFC.


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torno do objetivo do trabalho pedagógico e 
das estratégias utilizadas para alcançá-lo fa-
zem parte deste empenho da área de Educa-
ção Infantil na construção da sua identidade.
Na LDB já havia sido explicitado o objetivo 
da Educação Infantil: contribuir para o de-
senvolvimento integral das crianças, com-
plementando a ação da família. Mas, como 
esse objetivo deveria ser concretizado junto 
às crianças que frequentam creches e pré-
escolas? 
Em 1998, o Conselho Nacional de Educação 
lançou as primeiras Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Infantil, com a 
finalidade de “nortear as propostas curricu-
lares e os projetos pedagógicos” e estabele-
cer “paradigmas para a própria concepção 
destes programas” (Parecer CEB nº. 022/98). 
Tais Diretrizes se constituíram num instru-
mento muito importante no processo de 
construção da qualidade da Educação Infan-
til, trazendo indicações para a elaboração 
das propostas pedagógicas e para os proces-
sos de avaliação das crianças, e reforçando 
o que está disposto na LDB acerca da for-
mação mínima exigida para os professores, 
equipe de direção e coordenação, além de 
apontar a importância das propostas peda-
gógicas e regimentos para a gestão autôno-
ma e de qualidade das instituições de Educa-
ção Infantil. 
Entre as indicações para a elaboração das 
Propostas Pedagógicas, uma contribuição 
preciosa destas DCNEI que precisa ser desta-
cada é a explicitação dos seus fundamentos 
norteadores:
• 
Princípios Éticos da autonomia, da res-
ponsabilidade, da solidariedade e do res-
peito ao bem comum;
• 
Princípios Políticos dos direitos e deveres 
de cidadania, do exercício da criticidade e 
do respeito à ordem democrática;
• 
Princípios Estéticos da sensibilidade, da 
criatividade, da ludicidade, da qualidade e 
da diversidade de manifestações artísticas 
e culturais.
Estes princípios estão incluídos em outros 
documentos legais e foram mantidos nas 
atuais DCNEI.
Apesar da importância capital destas pri-
meiras DCNEI, vários avanços na política, 
na produção científica e nos movimentos 
sociais na área da Educação Infantil no con-
texto brasileiro indicaram a necessidade de 
sua revisão e atualização. Para tanto, foi 
desencadeado um processo amplo e parti-
cipativo, iniciado pelo estabelecimento de 
um convênio de cooperação técnica entre 
a Coordenadoria de Educação Infantil do 
MEC e a Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul (UFRGS), o qual originou um grande 
movimento nacional de estudos e debates 
sobre o currículo da Educação Infantil. Um 


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dos documentos produzidos nesse processo, 
“Práticas cotidianas na Educação Infantil: 
bases para a reflexão sobre as orientações 
curriculares” (MEC/SEB, 2009a) serviu de 
base para a elaboração de “Subsídios para as 
Diretrizes Curriculares Nacionais Específicas 
da Educação Básica” (MEC/SEB, 2009b). Um 
texto-síntese dos pontos básicos foi discuti-
do em audiências públicas promovidas pela 
Câmara de Educação Básica do CNE nas ci-
dades de São Luís, Brasília e São Paulo. Além 
disso, um grande número de entidades, uni-
versidades, fóruns estaduais de educação in-
fantil, profissionais e pesquisadores da área 
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